A galeria da Casa da Buganvília, em Vila Alva (Cuba), alberga entre os próximos dias 3 e 21 de Outubro a memória de uma tragédia e das suas vítimas.
No dia 3 de Outubro de 1944, uma medonha trovoada abateu-se sobre as vinhas de Vila Alva. Lá, na horta do “Perna à Roda”, onde se juntam as ribeiras de Malcabrão e de São Bartolomeu, Fernando Palma e outras quatro pessoas ultimavam o lavar dos cestos, depois de mais uma campanha de vindimas, quando uma infeliz convergência de factores transformou aquela tempestade numa imensa tragédia. Naquele fim de tarde, Fernando Palma, sua mulher Isabel Branco, o vinheiro António Pacheco e a mulher, Ana Ovelha, juntamente com Romão de Brito, perderam a vida, arrastados pela força das águas.
Passados 73 anos, ESQUECIDOS é nome de uma exposição que pretende devolver memória e homenagear as vítimas do ‘DILÚVIO’ DE 3 DE OUTUBRO DE 1944.
A exposição, apresentada por Fernando Estevens e João Taborda, conta com uma pintura de 180x120cm em acrílico sobre contraplacado de madeira e 6 painéis temáticos, divididos por: A Vila Alva na década de 1940; Destaques na imprensa da época; Testemunhos da terra; O Clima do Alentejo e a tempestade de 3 de Outubro de 1944; A tempestade nas ‘vinhas’ de Vila Alva, Uma tragédia na confluência de vários factores e Recordados.
O texto da folha de sala é assinado pela professora Francisca Bicho - comissária da exposição - e tem como título: Recordando os Esquecidos de 1944.