A continuar a série de audiências com os grupos parlamentares, a Assembleia Municipal e a Câmara Municipal de Cuba voltaram na semana passada, no dia 30 de maio, a estar na Assembleia da República para entregar o Caderno Reivindicativo “o Comboio que queremos”. Desta vez, junto dos deputados Heitor de Sousa e Ernesto Ferraz, do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda.
Apresentadas as reivindicações que constam no Caderno, os deputados do BE afirmaram total concordância com as razões expostas, tendo Heitor de Sousa recordado que «o Bloco já apresentou um projeto de resolução – que foi chumbado com o voto contra do PS e com a abstenção do PSD e CDS» – que assentava num «programa de investimentos na modernização e requalificação da rede ferroviária nacional, que incluía a modernização e eletrificação da linha do Alentejo na sua totalidade, ou seja, na ligação até Funcheira», reforçando que existia a «expetativa de que este programa de investimentos fosse incluído no programa Ferrovia 2020, podendo ser reafectadas algumas verbas que não vão ser utilizadas porque foram chumbadas pela Comissão Europeia».
Apesar de essa expetativa não ter sido correspondida e apesar de existir uma «forte condicionante política» que se prende com a preocupação do Governo em «cumprir os défices orçamentais e o défice zero no próximo ano», o deputado Heitor de Sousa afirma que o seu partido irá «continuar a lutar» e a «usar todas as ferramentas para defender a criação de um plano ferroviário nacional, tal como houve com o plano rodoviário nacional, para que a próxima década [20/30] seja uma década em que se recupere grande parte da rede ferroviária que já existiu».
Recorde-se que a elaboração do Caderno Reivindicativo “O Comboio que Queremos” e esta série de audiências parlamentares com o Município de Cuba surgem como resultado da Assembleia Municipal extraordinária que teve lugar em novembro do ano passado, e cujo único ponto da ordem do dia consistiu na apreciação do estado atual da Linha Ferroviária que liga Cuba à capital do Pais e da necessidade de serem adotadas medidas que impeçam a degradação total do serviço.
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